Sede de produção e de mudança! Esse foi o lema da jornada Manguezal realizada pelo movimento Hip Hop Sergipano neste fim de semana.
O Evento reluziu e apontou novas perspectivas para o modo como a mídia é propagada bem como o fortalecimento do resgate do papel do negro na sociedade. A parceria da RECID - Rede de Educação Cidadã e ALPV - Aliados pelo Verso remontou valores que muitas vezes são esquecidos e deixados de lado pelo modelo de comunicação e padrão assustador das grandes mídias.
Dia de motivação para aqueles que lutam pelo direito à comunicação e pela democratização dos meios de comunicação, a manhã deste sábado, 06/08, trouxe uma experiência única e exemplar. Remando contra essa maré midiática, o projeto manguezal surgido em 2010 através de uma oficina sobre comunicação popular veio para consolidar transformação sócio cultural nas quebradas aracajuanas diz Cinho - Associação Sergipana de Hip Hop.
Para GAS-PA do LUTARMADA, formador político e representante do movimento no Rio de Janeiro, estas vivencias somam forças contra hegemônicas e se valem de um processo histórico triste e deprimente. Ele afirma a felicidade de ter presenciado uma comunidade que levanta a bandeira da cultura africana não só através da dança, mas sim pelo resgate de uma identidade cultural histórica e espiritual.
O Hip Hop é dividido em quatro elementos fundamentais com o Break - representação do corpo através da dança -, o MC - a consciência -, o DJ - a alma e a essência - e o Graffiti - a expressão da arte como meio comunicador -, mas para toda a turma que esteve presente(Cinho, Gas-PA, Mano Preto, Mano André e Mano Dino) o mais importante é o que se tornaria o quinto elemento e maior de todos eles - O Conhecimento -, pois sem ele nada vale. E é pelo caminho da sabedoria que nos provocamos a refletir esta sociedade opressora elevando o grau de criticidade através da leitura para combatermos tanta injustiça herdada de geração em geração.
Dentre as atividades presentes neste sábado intenso o que restou desta troca de experiência e conteúdo foi a notória necessidade de implementação do Hip Hop no Projeto C.H.A.M.A. Nós do C.H.A.M.A. estaremos de braços abertos esperando essa turma boa aqui no pantanal. Por isso, o convite e compromisso da moçada que leva o Hip Hop sergipano como objeto transformador está escancarada aqui e que venham mais atividades nesse segundo semestre. Axé!
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