domingo, 17 de janeiro de 2010

SERGIPE C.H.A.M.A. FRANÇA DIA 08-08-2009


O Evento SERGIPE C.H.A.M.A. FRANÇA promoveu o intercâmbio de culturas ao redor do mundo em uma política de valorização de resgate do local e do conteúdo imaterial da cultura francesa. A eliminação das fronteiras tornou-se evidente na atividade, onde foi possível acessar conteúdos tão geograficamente distantes, mas tão próximos em filosofia e natureza de criação.

O evento proporcionou a troca de conhecimentos e culturas, gerando a produção de novos conteúdos artísticos, valorizando o artista da terra e também os artistas franceses. Essa integração pôde ser vista nos dois momentos da atividade, na abertura da Exposição Fotográfica “As Belezas do Pantanal, La beautè Du Pantanal”, onde foram expostas 70 fotografias de origem francesa e brasileira, misturando os olhares e criando um ambiente genuíno de miscigenação cultural.

A exposição fotográfica teve o objetivo de apresentar outro olhar sobre o Pantanal, este que é severamente criminalizado pela mídia. Acreditando na arte como objeto transformador, que liberta o ser humano e incentiva a interferência no meio de forma positiva e construtiva, a associação encorajou os moradores da comunidade a construir o seu olhar sobre o local em que vivem, estimulando atitudes construtivas e fortalecendo o senso coletivo e a transformação em conjunto.

A exposição fotográfica é o resultado das atividades realizadas no Primeiro Final de Semana da Mídia Livre do Pantanal, que ofereceu, nos dias 25 e 26 de abril de 2009, oficinas de comunicação livre para os moradores e moradoras da comunidade; Alusiva ao Dia mundial do Pinhole, a oficina ensinou aos participantes como fazer uma câmera de fotografar com caixa de fósforos e fita isolante, proporcionando assim uma democratização do acesso aos meios de comunicação.

A exposição apresentou fotografias de tamanho 17x22 de autoria das crianças da comunidade e do fotógrafo francês Joel Grossepiece. É de encher os olhos e o coração; A democratização do acesso a esses meios proporcionou fotografias de alcance conceitual impressionantes.

Os presentes na exposição não puderam conter o encantamento e as crianças do pantanal foram os artistas homenageados. Mais do que o congelamento de uma imagem, a expressão de pontos de vista.

A pauta: O Pantanal, este que muitas vezes sai em jornais ou noticiários visto de forma deturpada, estampado em cores através do olhar apaixonado e verdadeiro das crianças que lá moram. Nas fotografias: vegetação nativa, rio poxim, que beira a comunidade, e o cotidiano dos moradores.

A exposição contou com o apoio do estimado fotógrafo francês Joel Grossepiece, apresentamos um breve histórico de sua trajetória:

Começou a fotografar aos 10 anos e aos 14 anos ganhou uma câmera semi-profissional e começou a tirar retrato. Pouco tempo depois, foi chamado para cuidar de um ateliê de fotografia na MJC de Vénissieux (Casa da Juventude e da cultura) durante 04 anos;
Aos 16 anos, a convite Jean-François, que se encantou com suas imagens foi convidado para cuidar de um ensaio de moda. Começou a carreira no mundo da moda. De 16 anos a 21 anos (França):
Fotos da campanha do estilista Daniel Hechter em preto e branco, vários trabalhos nas passarelas de Paris, varias publicações nas revistas francesas (Aujourd´hui Madame, Marie-Claire, Paris Mode, etc...)
Fotografo oficial do 1º Festival Internacional de Decidas de Rios
Capas de CDs e trabalho pessoal.

Exposição:
Em 1983: "Potraits de la Culture" (retratos da cultura) encomenda da MJC Vénissieux
Maio de 1984: "Regard sur la Ville" (Olhar sobre a cidade) encomenda da prefectura de Vénissieux
Junho de 1985: "Regards Différents" (olhares diferentes) expo dos 5 fotografos maïs ativos do estado
(Rhône).
Junho de1987: "Racines Jamaïque" (raïses Jamaïca) expo sobre as fotos tiradas durante a viagem na Jamaica do grupo de fotografia da MJC.

Já as atrações musicais foram exaustivamente aplaudidas, a principal atração, o franco-brasileiro Heitor de Pedra Azul, subiu ao palco com músicos do Pantanal e apresentou um show miscigenado, com referências brasileiras e francesas, sobre o cantor:

O artista

Heitor de Pedra Azul, autor/compositor/intérprete, poeta mineiro "de asas para o mundo", depois de muitos anos de chão no Brasil, foi morar, uns tempos, na França para espalhar, do outro lado do Oceano, as cores, sabores, variações do nosso infinito mundo de ritmos e sons. Levou consigo a coragem, a crueza do sertão e os ondeados das florestas e do mar.

A experiência, que debutou em Pedra Azul e evoluiu por todo o Brasil, tem sido mostrada, com talento e simplicidade, nos palcos do Velho-Mundo por este menestrel caboclo. Com Heitor, a França conheceu outro lado do Brasil, que não é só bossa-nova, samba e futebol, mas rico em melodias, harmonias, ritmos, historias e poesias.

Heitor, apresentou o concerto "Brasil Sertão e Mar”, que ganhou espontaneidade e criatividade de sons. Batuques, toadas, xotes, sambas, serenatas, canções da terra, do mar e do ar, baladas embaladas, num toque mestiço que bem espelha o Brasil, compuseram este show que, depois de correr mundo, veio a seu berço, seguindo, assim, a mesma sina das águas, do ar e da natureza.

Dentro os principais objetivos alcançados, podemos destacar:
• Estímulo a relação entre Sergipe e a França a partir das parcerias;
• Geração de produtos culturais que apresentem traços franco-brasileiros
• Proporcionar visibilidade à cultura local;
• Reconhecimento internacional do Estado, podendo gerar turismo para
Sergipe;
· Divulgação da cultura francesa nas terras sergipanas;
· Estreitamento entre organizações francesas e brasileiras que tem como foco a questão da criança e do adolescente.

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